quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

CONFERÊNCIA GIGANTE TRICOLOR: NASCE UMA ESPERANÇA

Boa parte da torcida passou a vida inteira com a idéia de que no Esporte Clube Bahia não havia oposição. Isto era muito difundido entre setores da imprensa esportiva, sobretudo radiofônica, que recebiam a propina mensal dos diretores do clube para se calarem em momentos críticos, e ainda aproveitaram para tachar como “sanguessugas” aqueles que de certa forma denunciavam os aspectos perniciosos que impeliram na decadência do outrora glorioso esquadrão de aço. Hoje, após incontáveis histórias que envergonham a trajetória da agremiação nos seus 77 anos de existência produzida desde a década de 1990, a “imprensa jabá” já admite a atuação de contrapontos, não sintetizadas em pessoas, mas em associações, devidamente organizadas, para desespero daqueles que se julgam proprietários do tricolor, e que vêem como forma de se perpetuarem no poder - juntamente como seus filhos, netos, amigos e vizinhos de rua – lançando concepções nas quais os complexos problemas que o agonizam são perfeitamente solucionáveis, desde que com eles no comando, aí oportunizando vulgaridades consagradas do tipo “ruim com eles; pior sem eles”.
Diziam também que os “aventureiros” objetivavam apenas derrubar os “eternos”, mas sem um projeto, sem uma perspectiva de soerguimento do clube pronta para desengavetá-la tão logo detenham a hegemonia. A Conferência Gigante Tricolor Luiz Osório, que realizar-se-á no próximo dia 26.02, vem para “preencher a lacuna” e calar a boca dos críticos. E o evento pode até se constituir como um marco na própria história do Bahia se os seus organizadores souberem cadenciá-lo para que o mesmo saia das discussões, servindo num futuro bem próximo numa linha de ação, tão logo se concretize a sonhada mudança de atores, embora no meio deste movimento estejam certos oposicionistas de ocasião, a exemplo dos líderes das principais torcidas organizadas, que na verdade estão com um pé no navio, mas ao mesmo tempo à procura de um bote para se abrigar, no momento em que se ratifique o naufrágio da grande embarcação. Trata-se de indivíduos sem legitimidade para reclamar das mazelas da instituição, pois muitos deles participaram ativamente de sua engenharia.
De qualquer forma, todo tricolor, sócio ou não, pode acessar o site www.gigantetricolor.com e fazer a inscrição que o habilite a participar de um dos cinco grupos de discussões que vai culminar com a elaboração de um relatório ao final do encontro. Bem que aos cinco itens (Novos sócios/Reforma do Estatuto; Divisões de base, previdência e assistência médico-social dos atletas; Marketing e licenciamento de produtos; Planejamento e gestão do futebol profissional; Patrimônio e estádio) deveria ser acrescentado mais um, na qual venha promover um trabalho de convencimento dos torcedores incautos, iludidos com as euforias momentâneas e medíocres, ficando estes alheios aos graves problemas que apequenam a cada dia a instituição Esporte Clube Bahia. Não identificam, por exemplo, que a bandeira, o hino, o escudo, e tudo aquilo que carregam a simbologia de um passado glorioso, não mais lhes pertencem. Foram privatizados a preço de banana em meio a uma assinatura de contrato nebulosa com um banco de investimento, embora continuem ostentando com o mesmo orgulho de antes. É visível a carência de um sistemático estudo sobre como trazer a grande massa tricolor para o mundo real, saído de vez da quimera.
A Conferência de fevereiro próximo reacende a esperança de todos os tricolores, ávidos pelo resgate da dignidade e da grandeza do clube, sem as costumeiras medidas paliativas que ora se observa, sem as pífias preocupações tão somente com o jogo seguinte e conquistas inexpressivas, num processo de gestão administrativa bem engendrada, a médio e longo prazo. Falhando os princípios da Conferência, ninguém terá mais o que acreditar a não ser em aspectos pessimistas, a exemplo da extinção do Esporte Clube Bahia. Os organizadores não podem brincar. Devem ter conhecimento da grande responsabilidade que vem pela frente.
Imagem: www.associacaobahialivre.com.br

terça-feira, 7 de agosto de 2007

ENXOVALHAMENTO ADMINISTRATIVO E PESSOAL DE ANTÔNIO PITHON

Corria o mês de julho de 1996. A desastrosa gestão do então presidente Francisco Pernet (desde 1994 com a saída de Paulo Maracajá para o TCM) revelava um momento crítico na vida do Esporte Clube Bahia. A crise financeira sem precedentes havia obrigado ao torcedor se acostumar com as últimas colocações em campeonatos brasileiros. Os certames regionais recentes minguaram – há quem defenda que o gol antológico de Raudinei (1994) não deveria ter ocorrido, porque ajudou aos “eternos” passarem verniz numa madeira já internamente podre. Pernet – que nas conversas com os seus amigos que mandavam no clube, já admitia a sua incapacidade administrativa – recebia a anuência dos “cardeais” para procurar uma espécie de “saída honrosa”. Foi quando todos começaram a se aproximar de Antônio Pithon, indo ao seu escritório como numa verdadeira procissão, prometendo liberar, de imediato, as “vacas de presépio” do Conselho Deliberativo para despejar os trezentos e poucos votos naquele que tinha relevantes serviços prestados ao tricolor, mas era sempre visto com desconfiança quanto à possibilidade de comandar os destinos da agremiação. Temiam pela ameaça de verem os seus planos de perpetuação no poder ir por água abaixo.
Tudo isso mostra que o interesse dos “eternos” em patrocinar Pithon como salvador da pátria, dar-se-ia mediante a um preço muito alto a ser pago por este posteriormente, pois, Maracajá e Cia. estavam na verdade fabricando um bode expiatório; alguém para assumir a culpabilidade de uma bomba prestes a explodir, por acúmulo de sucessivos erros do passado.
Pithon recebeu a “permissão” para ocupar a presidência do clube há mais ou menos 30 dias da estréia do Bahia no Campeonato Brasileiro de 1996, na Fonte Nova, diante de um Palmeiras que na época padecia de uma hemorragia de dinheiro – resultante da vida fácil que o alviverde paulista levava por ser sustentado pela Parmalat. Enquanto por lá o plantel já estava pronto há muito, e cerca de 70 a 80% dos jogadores também vestiam a camisa “amarelinha”, nas bandas do Fazendão, o elenco ainda não tinha sido formado, já que, os cheques sem fundo e as notícias de títulos protestados que corriam o Brasil inteiro, fizeram com que a maioria dos atletas pesquisados, juntamente com os seus procuradores, encarasse como um verdadeiro pesadelo a idéia de vir para o Alto de Itinga. Esta comparação desproporcional forçava a continuidade de uma “herança maldita” dos tempos de Pernet: a aquisição de atletas superados para o futebol, ou de qualidade duvidosa para acompanhar o campeonato de calculadora na mão, de olho na rabeira da tabela.
Enquanto nos gramados a equipe fazia uma campanha que desafiava os tricolores com os mais sérios problemas cardíacos – escaparam do descenso na última rodada – Pithon até que, dentro das suas limitações, ia tentando recuperar parte do terreno perdido, apelando, por exemplo, para a sensibilidade de sua fanática torcida, que por sua vez, comparecia em peso a todos os jogos do clube, além de contribuir financeiramente, sempre que podia, através de uma linha telefônica disponibilizada pelo Bahia, valores que serviram para atenuar as principais despesas, e sem receber qualquer contrapartida da associação. O ex-dirigente foi o primeiro que se tem notícia, a abrir discussões quanto à possibilidade de permuta da Sede de Praia pelo Estádio Metropolitano de Pituaçu, junto ao Governo do Estado, ou de modo definitivo, ou em regime de comodato.
Entretanto, Pithon cometeu muitos erros, não que fossem determinantes para decretar o rebaixamento do E.C. Bahia para a Série B em 1997, mas, sobretudo, que culminaram no seu enxovalhamento administrativo e pessoal. Ele próprio reconheceu três falhas em entrevista no Jornal A TARDE em 16.09.2005, como o afastamento dos diretores de Relações Publicas, Nestor Mendes Júnior (a pedido de Osório) e de Futebol, Edmundo Pedreira Franco (por pressão dos “cardeais” Maracajá, Osório e Marcelo Guimarães, que queriam controlar o cargo através de um "testa de ferro", o incompetente Ruy Accioly); além de se recusar quanto a abertura de uma auditoria para avaliar as gestões de Maracajá e Pernet, acreditando ele que tal gesto lhe daria paz para trabalhar. Ledo engano!
Mas além de tudo isso, faltou a Pithon um diálogo mais aberto, franco com a torcida – que, por conta de manipulações, terminou vendo o ex-dirigente, de forma equivocada, como uma figura odiosa. Ele poderia não somente dizer, mas provar que a gênese das intermináveis crises não se deu durante o seu mandato, e sim de épocas anteriores. E para piorar, as constantes comparações do que ocorria no E.C Bahia com a associação rival – detentora da hegemonia do futebol baiano, e num momento muito favorável, devido a parceria assinada com o Banco Excel Econômico – irritava a galera, dando a ela a impressão de que era impossível ser diferente, por conta da inércia tricolor. E o próprio Pithon alimentava publicamente essas discussões, mencionando o que acontecia do outro lado, em meio a um assunto de grande ou pouca relevância, onde quer que houvesse um microfone. Outro ato de Pithon que chocou toda a nação tricolor foi quando o mesmo procurou a Revista Placar para uma reportagem na qual se mostravam as fragilidades na infra-estrutura do clube. Aquela imagem do escudo do Bahia machucado e da privada emborcada em um sanitário do Fazendão mexeu indubitavelmente com os brios dos torcedores. E os sanguessugas disso se aproveitaram.
Muitos setores da imprensa esportiva – que no período não usufruíam dos fartos “mimos” comuns na era dos “cardeais”, e inclusive nem a situação financeira permitiria – aproveitaram alguns deslizes de Pithon para abrir fogo contra o então dirigente. Execrações administrativas e até pessoais passaram a fazer parte das resenhas constantemente, bastando que o relógio apontasse meio-dia. Não eram raras nos programas de muitos radialistas ainda em atividade, as menções sardônicas à figura do ex-presidente. Oportunizaram, por exemplo, o boicote imposto pelos “eternos” – que dificultaram ao máximo a aquisição de jogadores pelo Bahia, através da influência acumulada junto aos dirigentes de outras agremiações Brasil afora – para fazer zombaria quanto ao caso do português Jorge Silva, passando aos olhos da consciência coletiva, a idéia de incapacidade no uso do cargo.
As linhas do presente texto são insuficientes para avaliar na exata medida, a passagem de Antônio Pithon pela presidência do Esporte Clube Bahia, mesmo que tal gestão tenha transcorrido de forma meteórica – 17 meses. Mas dá uma noção da necessidade de uma releitura desse período, reparando o estigma aviltante carregado pelo ex-presidente até hoje perante os torcedores, tudo para satisfazer a conveniências momentâneas – dos próprios opositores disfarçados de aliados aos olhos do povo, em conluio com setores de uma imprensa vendida. Mas é inegável dentre as inúmeras falhas de Pithon, a recusa de, após o rebaixamento de 1997, promover uma desvinculação solene com as pragas maracajianas – sugerido pelos seus próprios subordinados em diversas oportunidades – apresentando o seu projeto para a torcida, a tentativa de modificar o caos visível e notório, mas não muito claro para os incautos quanto aos seus atores responsáveis. Daí, sobrou para este ilustre tricolor, a difícil missão de se transformar no grande culpado por todas as desgraças vivenciadas no clube.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

DISTINÇÕES ENTRE O NOVO E VELHO BAHIA


Por conta da decadência em que vive o Esporte Clube Bahia, os torcedores mais saudosistas – aí me incluo, e muitos nem se dão conta disso – passaram a acostumar-se com a existência de dois tricolores: o de ontem e o de hoje. O primeiro é aquele, conhecido como “Esquadrão de Aço”, nascido em 1931, com uma trajetória de sucesso até meados da década de 1990, levando ao povão, alegria e orgulho. O segundo é este, na verdade uma caricatura de instituição, a qual muitos já batizaram de forma sardônica como “Jahia”, surgido a partir do último período supracitado, e todos se assustam quanto a real possibilidade do seu epílogo. O sentimento da sua torcida quanto a este novo clube resume-se à ilusão – para boa parte – ao desencanto e a vergonha. É como se estivesse diante de uma tragédia.
As causas desta dicotomia na identidade tricolor vão numa única direção: o despreparo, a sede de poder, a ganância, a usura de seus “cardeais”, meia dúzia de pessoas, advindas de uma escola que insiste em reproduzir a mesma metodologia da época anterior nos dias atuais, diante de novos cenários, de novas concepções no mundo esportivo, já que, se antes, elementos como o futebol no seu plano administrativo, eram conduzidos, sobretudo pela emoção e até pelo misticismo, agora ele se movimenta sem perder de vista a lógica de mercado, os procedimentos eficientes que caracterizam esta modalidade enquanto negócio.
O resultado de tudo isso é que vejo o Bahia como um senhor de 76 anos, outrora respeitado e festejado no País inteiro, enquanto que no presente, não sabendo se por caduquice ou por conveniência de seus responsáveis, é abatido literalmente pela indecência, sendo motivo de chacota nacional. Isto pode responder em parte os porquês de a agremiação, antigamente freqüentadora de grandes praças esportivas pelo Brasil e no mundo, jogar atualmente em ínfimos estádios regionais.
As emoções do velho Bahia remetem a grandes triunfos, memoráveis conquistas, a uma fantástica galeria de troféus e atletas. As do novo Bahia são as alegrias momentâneas, os triunfos comemorados em circunstâncias inexpressivas, contra adversários de igual teor, somente para manter as aparências, para manter a qualquer custo a pseudonormalidade, manipulando a inteligência dos incautos, que por sua vez, não enxergam, por exemplo, que o Bahia de ontem, somente perdia quando o juiz apitava, e o de hoje, só ganha ou empata quando o árbitro encerra a partida. No passado, a aquisição de atletas não ocorria sem antes verificar a qualidade dos mesmos para vestir o manto tricolor; agora, contrata-se primeiro para tentar descobrir as suas qualidades. Inegavelmente, percebe-se também o envolvimento do velho Bahia no Clube dos Treze por questões meritórias, enquanto que o novo – mesmo na condição de sócio-fundador – somente é aceito por piedade dos seus membros.
São várias razões para se estabelecer uma diferença abismal entre o novo e o velho Bahia. Mas, a partir das ilustrações supracitadas, chego à conclusão de que sou apenas admirador do Bahia de ontem, autêntica honra e glória do futebol brasileiro, infelizmente encontrado apenas nas memórias e nos DVDs da vida. Quanto ao Bahia de hoje, pequena agremiação, impotente para ser o melhor sequer do próprio Estado, merece o meu desprezo. Ao Bahia de ontem, muitos dariam tudo para vê-lo de volta. O de hoje, que é a cara dos seus dirigentes, não vale sequer um vintém.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

"APROVAÇÃO" DAS CONTAS / 2006

Sexta-feira, 15 de junho de 2007. As vacas de presépio do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia dizem amem por unanimidade, às contas referentes ao ano passado, provavelmente sem até ter lido o documento. Mas esta reunião, no entender dos "eternos" seria desnecessária se não fosse a ação judicial movida pelo jornalista e sócio Nestor Mendes Júnior no dia 2.06, obrigando o cumprimento do protocolo estatutário, o que era para ser feito desde abril. Encurralado pela justiça - que mais tarde decidiria pela extinção do processo (?) - não haveria outra alternativa senão o uso daqueles bonecos de ventríloquos - formados basicamente por parentes, amigos, vizinhos daqueles ditadores baratos, além de líderes de torcidas organizadas e certos membros de imprensa esportiva, que se venderam num pacto de cumplicidades - como parte da manobra contestatória do ato, de forma a garantir a falta de transparência administrativa que sempre caracterizou a agremiação. Resultado: um edital de convocação feito às pressas no dia 04.06.
Em meio a tudo isso, residem duas dúvidas, todas elas em conformidade com a Associação Bahia Livre: 1) Sendo verdadeira a disponibilidade dos documentos àquelas marionetes do Conselho antes do dia 04, como escrito no texto do Edital, isto por si só caracteriza a omissão, a fragilidade, a falta de compromisso desses trezentos picaretas com as coisas do clube, devendo portanto, sofrerem uma verdadeira varredura, contando com a soma de esforços de todos os verdadeiros tricolores. 2) Em se ratificando a versão contestatória da ação na justica, de que o material não estaria disponível nas mãos dos conselheiros - a essas alturas já era 11.06 - evidencia que o presidente do clube é um mentiroso, e deveria sofrer as devidas punições previstas em lei.
A única certeza é que tais manobras mostram que o Esporte Clube Bahia é visto por essas meia-dúzia de pessoas como um brinquedo, para satisfazer as vaidades pessoais, mesmo que para isso mantenha em condições humilhantes, um conjunto de aproximadamente 5 milhões de torcedores.
O que causa mais estranheza é que toda a Bahia esportiva esteja fechando os olhos para a situação dramática vivida pelo clube ao longo desses últimos anos, forjando um clima de aparente normalidade. Não encaram, por exemplo que, como resultado de mentalidades jurássicas, o outrora glorioso Esporte Clube Bahia, que tanto encantou o Brasil inteiro, não consegue hoje ser o melhor do seu próprio Estado. A involução tricolor no tempo e no espaço atesta que, do clube muitos se serviram e continuam se servindo. O torcedor tricolor cansou de tantas presepadas, atitudes mesquinhas e covardes. Está mais que na hora de uma reestruturação administrativa, trazendo para administrar a associação, homens comprometidos com a seriedade, imbuídos na vontade de vencer através de raciocínios congruentes e inovadores.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

OPOSIÇÕES TRICOLORES




Muitos têm sido influenciados por setores de uma imprensa que aceita as “generosidades” dos “eternos” do Esporte Clube Bahia, no intuito de preservar uma aparente normalidade no clube, que vive os seus últimos dias de agonia, a não ser que algo seja feito desde já.
Os torcedores menos conscientes aderem a onda, bastando que as minguadas participações nos gramados transcorra com sucessivas vitórias não convincentes, contra adversários inexpressíveis. As euforias momentâneas adiam os debates sobre o futuro da agremiação para o término de mais um campeonato sem caneco, sem dinheiro, sem plantel, sem moral.
É neste momento que entram as chamadas oposições, com todo o gás, querendo cobrar tudo aquilo que traduza na limpeza de uma entidade, outrora gloriosa e que, em tempos atuais, é motivo de vergonha para a sua fanática torcida, e de chacota no país inteiro. Tudo ocorre num processo cíclico, pois os insatisfeitos bradam até o próximo pífio certame, reiniciando então, as lavagens cerebrais e os esquecimentos.
Costumam afirmar, até mesmo de forma sardônica, que as oposições tricolores são de ocasião, já que não dispõe de linhas de ação para o soerguimento do Bahia, levando a fama de oportunistas. Há quem diga que parte delas abriga membros inescrupulosos. Não há como negar que existem oponentes convenientes, a exemplo de líderes de certas torcidas organizadas que, devido a péssima situação financeira da instituição, provavelmente não tiveram no final do ano passado os “mimos” (palavra da moda) depositados em suas contas bancárias, partindo então para os braços daqueles que sempre lutavam pelo resgate da dignidade do clube.
Mas os oposicionistas constantes também guardam a sua culpabilidade na manutenção do quadro que ai está, pela falta de melhores estratégias e com elas, seus resultados palpáveis. O que mudou por exemplo, após a famosa passeata de 24.11.2006 em termos concretos? Cadê a chamada “CPI do Esquadrão de Aço” na Assembléia Legislativa, prometida em cima de um trio por um deputado que àquelas alturas, se aproveitava para faturar politicamente sob os holofotes da mídia? Algum indício de cobrança de punições quanto à devassa feita pelo Ministério Público? Até mesmo a campanha “Público Zero” fora costurada de forma errônea, mas isso é assunto para outra oportunidade.
Volto a indagar: o que se modificou de novembro passado até aqui? Somente a “volta dos que não foram”. Inclusive um deles, muito conhecido da turma tricolor, começa a ganhar popularidade em todo o Brasil. E todos sabem o porquê.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

REFORMA ESTATUTÁRIA



Boa parte da torcida já tem na ponta da lingua uma resposta no tocante as soluções para o resgate moral do Esporte Clube Bahia: uma reformulação completa no seu quadro diretivo e no seu obsoleto estatuto. O primeiro aspecto é ponto pacífico. Mas há reparos a fazer no segundo. Quem observou a reportagem do Jornal A TARDE do dia 17.05, pôde notar que, não basta apenas uma redação favorável à liberação dos associados na escolha do presidente do clube. É preciso uma atuação vigilante no sentido de evitar artimanhas, manobras por parte daqueles que se acham donos da instituição, gerando a impressão de que o ambiente esteja democratizado. O ATEC (A Tarde Esporte Clube) citou como exemplo a suposta inadimplência de associados do Vasco da Gama, o que era conveniente para pretensões de Eurico Miranda em se eternizar no cargo. Outro espelho perigoso o qual acrescento para as discussões não estão no âmbito esportivo, mas trata-se de um recurso muito utilizado por uma conhecida universidade, cujo estatuto fora manipulado há cerca de duas décadas, de forma a perpetuar o seu reitor: O FAMIGERADO PESO ELEITORAL, funcionando da seguinte maneira: maior peso para os funcionários dessa instituição - é aí que consta a maior parte de eleitores incautos, facilmente ludibriados através de pequenas "generodidades" - peso médio para o corpo de professores e escore menor para os alunos. E o que é pior: muitos dos funcionários dispõem de bolsas e estudam na instituição, supondo desta forma que a maioria podem votar duas vezes.

ESTÁ CORRETA A MATÉRIA DO ATEC. É NECESSÁRIO O CONTROLE, A FISCALIZAÇÃO NO MOMENTO EM QUE O MAIOR DOCUMENTO DO CLUBE ESTIVER SENDO REDIGIDO.

quinta-feira, 17 de maio de 2007



Que esses coveiros macularam uma história de 76 anos é um fato.

Que a reforma estatutária é uma necessidade imperiosa para o soerguimento do clube - como publicado na edição de hoje (17.06) do Jornal A TARDE - também é concensual.

Entretanto, o que falta é que as oposições dêem as caras, não ficarem inibidas com a manipulação dos incutos por parte desses ditadores e de setores de uma imprensa vendida, que exploram sobejamente as euforias momentâneas, transparecendo uma aparente calmaria. A preocupação é sempre com o próximo jogo e não com um planejamento decente, capaz de devolver a agremiação os seus dias de glória. É PRECISO FAZER ALGO ANTES QUE A INSTITUIÇÃO ESPORTE CLUBE BAHIA VENHA EM BREVE TEMPO SE CHAMAR SAUDADE. É HORA DO MURRO NA MESA. REAGIR SEM MEDO DE INTIMIDAÇÕES, MANDANDO ESSAS MÚMIAS MILENARES PARA AS CATACUMBAS.

Pensando nisso, faz-se necessária a utilização deste espaço para reflexão, estabelecendo novas idéias, novas linhas de ação. Conto com vocês na alimentação das discussões, MAS SEMPRE DE FORMA RESPEITOSA, sendo este um dos requisitos fundamentais, para que sejamos vistos com seriedade.