sexta-feira, 13 de junho de 2008

AS ATUAÇÕES "OPOSICIONISTAS" DE UM LÍDER DE TORCIDA ORGANIZADA E DE UM ADVOGADO

Entre setembro e novembro de 2006, já com o Bahia amargando mais uma coleção de humilhações em seus 75 anos, sendo obrigado a reiniciar sua trajetória na constrangedora Série C no ano seguinte, tudo caminhava para o merecido pontapé nas pragas maracajianas, como tanto desejava a nação tricolor. Petrônio Barradas - certamente a mando do seu chefe que simultaneamente usufrui do cargo de conselheiro no TCM - ratificava como na época de sua eleição (2005) sobre a reforma do obsoleto estatuto, liberando aos associados à livre escolha de seus representantes, já no pleito de 2008. Seria esta uma forma de arrefecer os ânimos, já que as agonizantes reuniões entre situação e oposição, mediadas pelo desembargador Dutra Cintra, não apontavam quaisquer tipos de avanços para a “união em torno do bem comum do Bahia, onde todas as correntes possam caminhar em prol do resgate ao engrandecimento do clube”, como bem costuma propalar setores da imprensa “jabazeira”, principalmente radiofônica.
É quando surgem os noticiários convocando a torcida tricolor visando a famosa passeata de 24 de novembro no centro da cidade. Neste cenário aparecem dois atores no mínimo estranhos à organização deste espetáculo: o líder de uma conhecida torcida organizada e um advogado, os dois conselheiros do clube, que participaram diretamente dizendo amém a todos os desmandos nas gestões do Bahia nos anos de intermináveis crises. O primeiro em troca dos ingressos, das passagens para acompanhar as partidas fora de Salvador para si e seus integrantes da facção, numa moeda de troca para calar a boca em momentos críticos. O segundo por ser advogado de um ex-presidente – de tristes recordações – portanto, seu fiel escudeiro.
A indagação mais ouvida naqueles dias era a seguinte: por que dois personagens que marcaram presença ativa em todas as desgraças que abatiam a agremiação, agora vêm posar de oposicionistas aos olhos do povo? Não era possível que, de uma hora para outra, eles viessem a concluir pela necessidade de uma reengenharia administrativa no Esporte Clube Bahia, esculhambando aqueles que recentemente estiveram lado a lado nas alegrias momentâneas e nos incontáveis vexames. Isso muito aguçou as desconfianças de diversos contestadores históricos deste método arcaico de direção, levando-os ao afastamento do evento público no dia supracitado. Apesar de muitas promessas – criação de CPI na Assembléia Legislativa, prazo de 72 horas para a renúncia coletiva dos eternos coveiros, etc. – a passeata, embora numerosa (com uma Fonte Nova lotada nas ruas) foi esvaziada em seu conteúdo programático, partindo do nada a lugar nenhum.
As participações do líder de torcida organizada e do advogado em suas atuações oposicionistas ganharam contornos mais claros no “protesto” ocorrido esta semana (dia 11.06) nas dependências do Fazendão. Dizendo-se impacientes com o atual estado vexatório do clube, uniram as principais correntes contra a atual administração, no sentido de reivindicar a promessa feita pelos “eternos” em 2005 – eleições diretas imediatas – além de fomentar inteligentemente as esperanças de uma torcida agoniada, infeliz, e agora frustrada. Quando todos os que conseguiam acreditar em suas pseudosinceridades vislumbraram algum tipo de avanço concreto, surge nos noticiários um “acórdão”, no qual se renovam as promessas de eleições livres por mais três anos (2011), desta vez facilitando o sufrágio das pragas maracajianas em dezembro próximo, de forma mais tranqüila do que a conturbada assembléia anterior (2005). Seria uma forma de manipular a torcida e as principais correntes de oposição – cujos membros ganham agora nariz de palhaço – numa artimanha em que os “legítimos representantes” dos anseios da nação tricolor – o líder de organizadas e o advogado – entravam em entendimento com os seus amigos e padrinhos da diretoria. A impressão deixada na verdade, é de que o primeiro personagem tinha como grande proposta para “revolucionar” a gestão do clube, a devolução de suas migalhas em forma de ingressos, subtraídas pela crise financeira de um clube moribundo, embora com uma marca potencialmente grandiosa, mas por conta de vaidades, acumulou uma dívida perto de R$ 70 milhões em 10 anos. Já para o advogado, a “ressurreição” da dignidade moral do clube perpassa inevitavelmente pela sua recondução ao confinamento na atual diretoria, em companhia dos “cardeais”, algo estremecido desde o nebuloso episódio envolvendo o distrato com o Banco Opportunitty, além da “parceria” que terminou por beneficiar certa casa de shows.
Ao se tratar dos interesses da maioria dos tricolores, tanto o líder da torcida organizada quanto o advogado, exercem na prática espécie de peleguismo, já que se comportam como oposicionistas, mas estão sempre articulados aos anseios de seus amigos “cardeais”. Não seria surpreendente se alguém disser que a contenda de quarta feira no Fazendão fosse organizada secretamente entre o chefe da torcida organizada e o advogado, sob a anuência da própria diretoria do clube, no sentido de pulverizar as insistentes lutas pela democratização do E.C. Bahia, buscando para isso a massa tricolor e as correntes oposicionistas como massa de manobra.
IMAGEM: bp2.blogger.com/.../s320/nariz+vermelho.JPG

sexta-feira, 6 de junho de 2008

DIRETORIA, PARA MANTER SUA VAIDADE, PRETENDE DESPREZAR PITUAÇU

Cada vez que se observam certas atitudes que empurram o Bahia ao ridículo, cada vez que seus “eternos” diretores protagonizam patacoadas capazes de enxovalhar ainda mais uma instituição de 77 anos juntamente com sua torcida, gera o consenso de que a intenção dos senhores Paulo Maracajá, Petrônio Barradas, Ruy Accioly e Marcelo Guimarães é de colocar o clube em liquidação, no sentido de preservar suas vaidades. Ceder aos apelos, não somente dos tricolores, mas de toda a sociedade baiana – o de preparar a tão sonhada democratização da entidade - significa em suas mentes insanas o reconhecimento público de suas incompetências. Para eles, é mais lógico permanecerem unidos nesta ilha de mediocridades, ao invés de encarar este ato como um gesto de grandeza.
O que mais se discute sobre o decadente Esporte Clube Bahia ultimamente, é sobre o caos financeiro que aterroriza a instituição, inviabilizando a montagem de um elenco digno de suas tradições, visando a imediata ascensão à Série A do Campeonato Brasileiro em 2009. A alegação dos “eternos”, sempre para distrair os incautos, é a ausência [agora] da “galinha dos ovos de ouro” chamada Fonte Nova. Nesta hora “esquecem” que este mesmo estádio está em inatividade há apenas sete meses, mas a torcida teve a infelicidade de assistir daquelas arquibancadas lotadas, memoráveis elencos vexaminosos por mais de uma década. E em meio as justificativas fajutas, os “cardeais” propalavam naquela época que arrecadação de jogos não se costituiam como fiel da balança para a formação de elencos competitivos. Seria basicamente a quarta ou quinta fonte de arrecadação em importância, em relação a atual realidade do futebol.
Associado a este aspecto, ocultaram, por exemplo, os valores resultantes do contrato com o Opportunity que – embora sob acordos misteriosos – projetou à agremiação recursos inicialmente na ordem de R$ 12 milhões, devendo este autolucrativizar, mas sumiram na bacia das almas. E quem aqui não se lembra das bizarras transações envolvendo atletas recém-saídos das divisões de base, chegando ao ponto de o presidente do Sevilha avaliar sardonicamente toda a incompetente diretoria tricolor, durante a liberação do hoje lateral titular da Seleção Brasileira, Daniel Alves?
Tais narrações supracitadas ilustram na verdade a inoperância desses indivíduos em valorizar cada centavo potencialmente rentável no clube. O que esta cúpula administrativa tem mesmo é a pífia sabedoria em transformar R$ 1 milhão em R$ 1 real. No Bahia se costuma atirar os poucos recursos pela janela e ainda se recusa a entrada de moedas em seus cofres se estas vierem condicionadas a reformulações internas, a partir do seu obsoleto estatuto. É por isso que dez em cada dez marqueteiros desejam reacender a marca Bahia, mas não se arriscam pela falta de gestores competentes para auxiliá-los em tal empreendimento.
E o apego ao poder a qualquer custo foi demonstrado na mudança de critérios por parte do governo estadual no programa “Sua Nota é um Show”, passando a fazer parte da coleta de recursos a associação que modificar seus estatutos, promovendo eleições diretas, o que impeliu as pragas maracajianas se desligarem imediatamente desta parceria ainda em setembro de 2007.
E esses senhores feudais continuam firmes na manutenção de suas vaidades, diante das notícias de que o Governo do Estado pretende, sob os mesmos critérios do “Sua Nota é um Show”, licitar a administração do Estádio de Pituaçu, tão logo esteja reformado. Mas desta vez, os efeitos podem ser bem mais devastadores para os “eternos”. Isto porque, enquanto o programa com base na troca de notas fiscais tem como grau de interesse apenas uma parcela de freqüentadores dos jogos, a chance de o Bahia controlar a praça esportiva mexe com as atenções de todo o conjunto da torcida tricolor, pois todos sabem que um estádio administrado por um clube atenuam os seus apertos financeiros, já que proporciona exploração exclusiva das placas publicitárias, maior fatia do borderô, isto sem falar em dinheiro extra advindo de eventuais aluguéis a outras agremiações e para eventos diversos (culturais, religiosos, etc.). Em linhas gerais, o desprezo a esta possibilidade será indubitavelmente a gota d´agua para esses homens que utilizam as coisas referentes ao Bahia, como sendo quaisquer brinquedos de suas propriedades. É preciso que todos fiquem de olho, antes que a Inês seja morta e a administração do estádio vá parar em outras mãos. Não é admissível deixar uma “tábua de salvação” como esta - capaz de reduzir os sofrimentos, as humilhações de todos os tricolores, seja completamente descartada por conta dos interesses de meia dúzia de indivíduos despreparados e inconseqüentes. Urge a necessidade imperiosa de acelerar o processo de sucumbimento dessas caricaturas de dirigentes, antes que estes consolidem a pulverização do Esporte Clube Bahia.
IMAGEM: www.jornaldamidia.com.br/.../pituacu1.jpg

LINHA DO TEMPO NA MEDIOCRIDADE

Antes, podia-se contratar à vontade, porque a torcida pagava. Em seguida, passou-se a utilizar a constrangedora “política de pés-no-chão”. Agora, as aquisições são feitas vulgarmente à “meia-boca”. Quanta decadência!!!