sexta-feira, 6 de junho de 2008

DIRETORIA, PARA MANTER SUA VAIDADE, PRETENDE DESPREZAR PITUAÇU

Cada vez que se observam certas atitudes que empurram o Bahia ao ridículo, cada vez que seus “eternos” diretores protagonizam patacoadas capazes de enxovalhar ainda mais uma instituição de 77 anos juntamente com sua torcida, gera o consenso de que a intenção dos senhores Paulo Maracajá, Petrônio Barradas, Ruy Accioly e Marcelo Guimarães é de colocar o clube em liquidação, no sentido de preservar suas vaidades. Ceder aos apelos, não somente dos tricolores, mas de toda a sociedade baiana – o de preparar a tão sonhada democratização da entidade - significa em suas mentes insanas o reconhecimento público de suas incompetências. Para eles, é mais lógico permanecerem unidos nesta ilha de mediocridades, ao invés de encarar este ato como um gesto de grandeza.
O que mais se discute sobre o decadente Esporte Clube Bahia ultimamente, é sobre o caos financeiro que aterroriza a instituição, inviabilizando a montagem de um elenco digno de suas tradições, visando a imediata ascensão à Série A do Campeonato Brasileiro em 2009. A alegação dos “eternos”, sempre para distrair os incautos, é a ausência [agora] da “galinha dos ovos de ouro” chamada Fonte Nova. Nesta hora “esquecem” que este mesmo estádio está em inatividade há apenas sete meses, mas a torcida teve a infelicidade de assistir daquelas arquibancadas lotadas, memoráveis elencos vexaminosos por mais de uma década. E em meio as justificativas fajutas, os “cardeais” propalavam naquela época que arrecadação de jogos não se costituiam como fiel da balança para a formação de elencos competitivos. Seria basicamente a quarta ou quinta fonte de arrecadação em importância, em relação a atual realidade do futebol.
Associado a este aspecto, ocultaram, por exemplo, os valores resultantes do contrato com o Opportunity que – embora sob acordos misteriosos – projetou à agremiação recursos inicialmente na ordem de R$ 12 milhões, devendo este autolucrativizar, mas sumiram na bacia das almas. E quem aqui não se lembra das bizarras transações envolvendo atletas recém-saídos das divisões de base, chegando ao ponto de o presidente do Sevilha avaliar sardonicamente toda a incompetente diretoria tricolor, durante a liberação do hoje lateral titular da Seleção Brasileira, Daniel Alves?
Tais narrações supracitadas ilustram na verdade a inoperância desses indivíduos em valorizar cada centavo potencialmente rentável no clube. O que esta cúpula administrativa tem mesmo é a pífia sabedoria em transformar R$ 1 milhão em R$ 1 real. No Bahia se costuma atirar os poucos recursos pela janela e ainda se recusa a entrada de moedas em seus cofres se estas vierem condicionadas a reformulações internas, a partir do seu obsoleto estatuto. É por isso que dez em cada dez marqueteiros desejam reacender a marca Bahia, mas não se arriscam pela falta de gestores competentes para auxiliá-los em tal empreendimento.
E o apego ao poder a qualquer custo foi demonstrado na mudança de critérios por parte do governo estadual no programa “Sua Nota é um Show”, passando a fazer parte da coleta de recursos a associação que modificar seus estatutos, promovendo eleições diretas, o que impeliu as pragas maracajianas se desligarem imediatamente desta parceria ainda em setembro de 2007.
E esses senhores feudais continuam firmes na manutenção de suas vaidades, diante das notícias de que o Governo do Estado pretende, sob os mesmos critérios do “Sua Nota é um Show”, licitar a administração do Estádio de Pituaçu, tão logo esteja reformado. Mas desta vez, os efeitos podem ser bem mais devastadores para os “eternos”. Isto porque, enquanto o programa com base na troca de notas fiscais tem como grau de interesse apenas uma parcela de freqüentadores dos jogos, a chance de o Bahia controlar a praça esportiva mexe com as atenções de todo o conjunto da torcida tricolor, pois todos sabem que um estádio administrado por um clube atenuam os seus apertos financeiros, já que proporciona exploração exclusiva das placas publicitárias, maior fatia do borderô, isto sem falar em dinheiro extra advindo de eventuais aluguéis a outras agremiações e para eventos diversos (culturais, religiosos, etc.). Em linhas gerais, o desprezo a esta possibilidade será indubitavelmente a gota d´agua para esses homens que utilizam as coisas referentes ao Bahia, como sendo quaisquer brinquedos de suas propriedades. É preciso que todos fiquem de olho, antes que a Inês seja morta e a administração do estádio vá parar em outras mãos. Não é admissível deixar uma “tábua de salvação” como esta - capaz de reduzir os sofrimentos, as humilhações de todos os tricolores, seja completamente descartada por conta dos interesses de meia dúzia de indivíduos despreparados e inconseqüentes. Urge a necessidade imperiosa de acelerar o processo de sucumbimento dessas caricaturas de dirigentes, antes que estes consolidem a pulverização do Esporte Clube Bahia.
IMAGEM: www.jornaldamidia.com.br/.../pituacu1.jpg

Um comentário:

Anônimo disse...

É terrível esse sentimento dos cardeais de fazeram do Bahia uma ilha, uma trincheira, onde exibem à sociedade baiana sua prepotência digna dos piores dias da nossa ditadura.