Por conta da decadência em que vive o Esporte Clube Bahia, os torcedores mais saudosistas – aí me incluo, e muitos nem se dão conta disso – passaram a acostumar-se com a existência de dois tricolores: o de ontem e o de hoje. O primeiro é aquele, conhecido como “Esquadrão de Aço”, nascido em 1931, com uma trajetória de sucesso até meados da década de 1990, levando ao povão, alegria e orgulho. O segundo é este, na verdade uma caricatura de instituição, a qual muitos já batizaram de forma sardônica como “Jahia”, surgido a partir do último período supracitado, e todos se assustam quanto a real possibilidade do seu epílogo. O sentimento da sua torcida quanto a este novo clube resume-se à ilusão – para boa parte – ao desencanto e a vergonha. É como se estivesse diante de uma tragédia.
As causas desta dicotomia na identidade tricolor vão numa única direção: o despreparo, a sede de poder, a ganância, a usura de seus “cardeais”, meia dúzia de pessoas, advindas de uma escola que insiste em reproduzir a mesma metodologia da época anterior nos dias atuais, diante de novos cenários, de novas concepções no mundo esportivo, já que, se antes, elementos como o futebol no seu plano administrativo, eram conduzidos, sobretudo pela emoção e até pelo misticismo, agora ele se movimenta sem perder de vista a lógica de mercado, os procedimentos eficientes que caracterizam esta modalidade enquanto negócio.
O resultado de tudo isso é que vejo o Bahia como um senhor de 76 anos, outrora respeitado e festejado no País inteiro, enquanto que no presente, não sabendo se por caduquice ou por conveniência de seus responsáveis, é abatido literalmente pela indecência, sendo motivo de chacota nacional. Isto pode responder em parte os porquês de a agremiação, antigamente freqüentadora de grandes praças esportivas pelo Brasil e no mundo, jogar atualmente em ínfimos estádios regionais.
As emoções do velho Bahia remetem a grandes triunfos, memoráveis conquistas, a uma fantástica galeria de troféus e atletas. As do novo Bahia são as alegrias momentâneas, os triunfos comemorados em circunstâncias inexpressivas, contra adversários de igual teor, somente para manter as aparências, para manter a qualquer custo a pseudonormalidade, manipulando a inteligência dos incautos, que por sua vez, não enxergam, por exemplo, que o Bahia de ontem, somente perdia quando o juiz apitava, e o de hoje, só ganha ou empata quando o árbitro encerra a partida. No passado, a aquisição de atletas não ocorria sem antes verificar a qualidade dos mesmos para vestir o manto tricolor; agora, contrata-se primeiro para tentar descobrir as suas qualidades. Inegavelmente, percebe-se também o envolvimento do velho Bahia no Clube dos Treze por questões meritórias, enquanto que o novo – mesmo na condição de sócio-fundador – somente é aceito por piedade dos seus membros.
São várias razões para se estabelecer uma diferença abismal entre o novo e o velho Bahia. Mas, a partir das ilustrações supracitadas, chego à conclusão de que sou apenas admirador do Bahia de ontem, autêntica honra e glória do futebol brasileiro, infelizmente encontrado apenas nas memórias e nos DVDs da vida. Quanto ao Bahia de hoje, pequena agremiação, impotente para ser o melhor sequer do próprio Estado, merece o meu desprezo. Ao Bahia de ontem, muitos dariam tudo para vê-lo de volta. O de hoje, que é a cara dos seus dirigentes, não vale sequer um vintém.
As causas desta dicotomia na identidade tricolor vão numa única direção: o despreparo, a sede de poder, a ganância, a usura de seus “cardeais”, meia dúzia de pessoas, advindas de uma escola que insiste em reproduzir a mesma metodologia da época anterior nos dias atuais, diante de novos cenários, de novas concepções no mundo esportivo, já que, se antes, elementos como o futebol no seu plano administrativo, eram conduzidos, sobretudo pela emoção e até pelo misticismo, agora ele se movimenta sem perder de vista a lógica de mercado, os procedimentos eficientes que caracterizam esta modalidade enquanto negócio.
O resultado de tudo isso é que vejo o Bahia como um senhor de 76 anos, outrora respeitado e festejado no País inteiro, enquanto que no presente, não sabendo se por caduquice ou por conveniência de seus responsáveis, é abatido literalmente pela indecência, sendo motivo de chacota nacional. Isto pode responder em parte os porquês de a agremiação, antigamente freqüentadora de grandes praças esportivas pelo Brasil e no mundo, jogar atualmente em ínfimos estádios regionais.
As emoções do velho Bahia remetem a grandes triunfos, memoráveis conquistas, a uma fantástica galeria de troféus e atletas. As do novo Bahia são as alegrias momentâneas, os triunfos comemorados em circunstâncias inexpressivas, contra adversários de igual teor, somente para manter as aparências, para manter a qualquer custo a pseudonormalidade, manipulando a inteligência dos incautos, que por sua vez, não enxergam, por exemplo, que o Bahia de ontem, somente perdia quando o juiz apitava, e o de hoje, só ganha ou empata quando o árbitro encerra a partida. No passado, a aquisição de atletas não ocorria sem antes verificar a qualidade dos mesmos para vestir o manto tricolor; agora, contrata-se primeiro para tentar descobrir as suas qualidades. Inegavelmente, percebe-se também o envolvimento do velho Bahia no Clube dos Treze por questões meritórias, enquanto que o novo – mesmo na condição de sócio-fundador – somente é aceito por piedade dos seus membros.
São várias razões para se estabelecer uma diferença abismal entre o novo e o velho Bahia. Mas, a partir das ilustrações supracitadas, chego à conclusão de que sou apenas admirador do Bahia de ontem, autêntica honra e glória do futebol brasileiro, infelizmente encontrado apenas nas memórias e nos DVDs da vida. Quanto ao Bahia de hoje, pequena agremiação, impotente para ser o melhor sequer do próprio Estado, merece o meu desprezo. Ao Bahia de ontem, muitos dariam tudo para vê-lo de volta. O de hoje, que é a cara dos seus dirigentes, não vale sequer um vintém.